25/10/2022
25/10/2022
“Autoimagem e transtornos alimentares” foi o tema da live realizada pelo Colégio Santo Inácio no dia 19/10 pelo Instagram. A orientadora educacional Ana Paula Menezes conversou com Flávia Teixeira, psicóloga e especialista em Transtornos Alimentares pelo programa AMBULIM do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Durante o bate-papo, Flávia explicou como construímos nossa imagem corporal e do quanto ela está ligada à autoestima e às percepções que temos das cobranças sociais. Em muitos casos, os transtornos alimentares estão conectados com a distorção visual do próprio corpo, então esse problema pode ser potencializado quando a formação da imagem pela criança ou adolescente não é tratada com a devida atenção pela família.
Por isso, o sinal de alerta deve ser ligado ainda na infância. A especialista contou que aumentaram os relatos de crianças entre 8 e 10 anos com transtornos relacionados à autoimagem. Ela ressalta que é importante observar algumas atitudes, como falas relacionadas à comida e ao corpo, rejeição a alguns tipos de alimentos e questões de bullying.
“A adolescência é um ponto chave, pois é quando eles começam a se inserir em grupos e podem ter diversas atitudes para serem aceitos, como se adequar em um modelo. A utilização de redes sociais é um campo fertil para o aumento dos casos de ansiedade, depressão e transtorno obsessivo compulsivo”, afirma Teixeira.
Durante a live, a convidada afirmou também que é importante observar algumas características que podem ser indícios de um transtorno alimentar, como perfeccionismo exagerado, excesso de autocobrança, baixa autoestima e preocupações excessivas com a opinião alheia.
Em relação às causas, existem diversas situações ou gatilhos que podem contribuir para o surgimento do transtorno. Entre eles, casos de perda e/ou doença na família, decepções com amigos e namorados, além de abusos físicos, verbais, morais e sexuais. Essas agressões podem gerar na criança e adolescente uma culpa que ela transfere para o próprio corpo.
Flávia ainda deu dicas de como prevenir a distorção da autoimagem e os transtornos alimentares, ressaltando a importância dos pais e responsáveis. “A família entra em um processo de se sentir culpada por conta do adoecimento do filho. O que existe é a responsabilidade ao perceber que seu filho precisa de ajuda”, destaca a especialista. “É preciso evitar comparações e trabalhar a autoestima e o potencial que a pessoa tem”, finaliza.
A live “Autoimagem e transtornos alimentares” faz parte das ações do CSI no âmbito da Cultura do Cuidado, que também estão sendo desenvolvidas em sala de aula e através de outras iniciativas.
A transmissão está disponível no Instagram do Colégio (@colegiosantoinaciorj). Para quem deseja rever a live ou ainda não assistiu, clique aqui.
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